16/07/2014 - Por SindPrevs

Terceira idade

No Tempo Certo

Terceira idade: creche é opção para cuidar do idoso

Modalidade nova, a chamada creche oferece atividades em meio período ou turno integral

São muitas histórias e perdas pelo caminho. A velhice é um processo natural,   que chega repleto de limitações. Com  a rotina de trabalho, estudo e filhos, os parentes ficam sem saber qual a melhor opção para cuidar bem do familiar. As instituições de longa permanência, os asilos, são encarados muitas vezes como uma forma de abandono.   A sociedade e o mercado, entretanto, se adaptam para encontrar alternativas: eis que surge  a  “creche para idosos”.

A proposta desta modalidade recente é oferecer uma solução  aos familiares que não possuem tempo ou condições de cuidar de idosos e não querem a separação.

Há três meses frequentando a creche   no período da tarde, Elisa Fraga se orgulha por ainda ter disposição em “ajudar” os monitores. Aos 94 anos, ela é a mais velha do grupo. Mesmo com o corpo curvado pela idade e se apoiando nos móveis e portais para se locomover, dona Elisa não tem empecilhos para participar de diversas tarefas. 

Durante a Copa do Mundo, por exemplo, ela participou da confecção de na  bandeirinhas com as cores do Brasil para enfeitar o espaço. “Eu brinco, pulo e conto piadas. Se deixarem, eu ajudo até a varrer o chão”, garante.

Elisa tem dois filhos. Apaixonada por Pirapora (MG), cidade que morou grande parte da vida, ela não se acostumou a viver em Brasília. A filha Maria Lúcia,   72 anos, relata que a mãe sempre teve muitos amigos no local onde vivia. A separação misturada com a nova rotina na capital fez com que Elisa se sentisse sozinha. “Ela sente falta de caminhar pela cidade e reclamava quando ficava presa em casa”, diz.

Centro do dia

A idosa frequenta a Singular Espaço Sênior, em Taguatinga. Pioneiro no DF,  o espaço tem menos de um ano. Seguindo o modelo de instituições de São Paulo e Curitiba, Adriana Paiva, Lis Alecrim e Ana Paula Soares abriram o centro com o objetivo de criar um espaço de convivência agradável,  com   atividades para a terceira idade.

No início, elas preferiam não utilizar o termo “creche” para não infantilizar os idosos, mas com o tempo viram a necessidade de colocar  a placa na frente do local. “A gente teve que se adaptar para mostrar à população que existe esse serviço e que está próximo deles”, relata Ana Paula.

Acompanhamento profissional 

Na casa de paredes amarelas, cerca de dez idosos participavam do momento da fisioterapia acompanhados por uma música que incentivava a movimentar os braços e pernas. No período que passam no local, tanto os que moram lá quanto os que ficam apenas durante o dia participam de diversas atividades. Além da fisioterapia, também possuem musicoterapia e atividades de terapia ocupacional, como pintura, por exemplo.

Passeios são aguardados

Atualmente, oito pessoas moram no Singular Espaço Sênior e   cinco passam o dia, sempre com a supervisão de dois técnicos de enfermagem e três estagiários por plantão. As fundadoras, todas especializadas em gerontologia, afirmam que as famílias, depois da experiência, reconhecem que um espaço de convivência é mais adequado do que contratar um cuidador, principalmente pela interação que acontece entre os idosos.

Entre as atividades oferecidas, o que mais   anima os idosos   são as saídas. Uma vez por mês, uma van busca o grupo para que eles visitem parques, assistam peças de teatro e passeiem pela cidade. 

Em março deste ano, um evento causou uma comoção especial em Pedro Cruz, de 85 anos, que mora no Espaço Sênior desde o início do ano. Ao assistir ao musical Gonzagão – A Lenda, Pedro revelou que era amigo íntimo de Luiz Gonzaga e que, por muitos anos, acompanhou os shows do Rei do Baião. “Lembrei de muitas coisas do passado”, relata.

Interação social evita sintomas depressivos

Uma pesquisa feita em 2013 por uma estudante da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo, apontou que a falta de atividades sociais e físicas na fase de envelhecimento pode levar os idosos à solidão, tristeza e alteração de humor. Para a médica Maria Alice Toledo, especializada em geriatria e professora da Universidade de Brasília, a depressão é um dos sintomas mais frequentes entre idosos que não possuem ocupação. “As atividades físicas e interação social são pilares para um envelhecimento sadio”, afirma.

No caso da idosa Elisa Fraga, 93 anos, a decisão da família de deixá-la na instituição de Taguatinga veio quando eles perceberam a necessidade de estimular o contato social nessa fase de limitações. Apesar da idade avançada, dona Elisa  garante que não tem problemas de saúde. “Nunca fiquei em hospital”, assegura. A filha Maria Lúcia confirma a informação, mas  revela que a mãe não aceita tomar medicamentos, mesmo quando precisa bastante.

Memória

De acordo com a geriatra Maria Alice, a interação social com outros idosos e também com jovens estimula a parte lúdica. “Quanto mais baixa a estimulação social e física, mais propensos eles ficam a ter problemas de memória”, afirma. 

Para os filhos da dona Elisa, a creche fez com que a mãe se sentisse menos sozinha. “Ela fez novos amigos e tem com quem conversar. Isso faz bem pra ela”, reconhece a filha Maria Lúcia.

Companhia

A convivência com outras pessoas na mesma condição também pode ser um suporte para enfrentar dificuldades. Everaldo Cunha, de 62 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em 2010. Em uma cadeira de rodas desde então, ele divide o tempo na “creche” de Taguatinga entre leituras e conversas com os colegas. “Aqui eu não fico sozinho”, alegra-se. Everaldo era um dos mais animados durante a sessão de fisioterapia, atividade que  treina pontos como o equilíbrio e mantém   funcionalidades.

Onde se pode encontrar lazer

O último Censo  feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  apontou que no Distrito Federal há mais de 198 mil residentes com mais de 60 anos – 7,7% da população. E quando chega a terceira idade, embora seja maior o tempo que pode ser dedicado  ao lazer, nem todos descobrem formas de se divertir. No DF, eles possuem a opção de participar  dos grupos de idosos.

Atualmente, apenas oito centros de convivência estão cadastrados  na  Secretaria Especial do Idoso (SEI-DF) e 16 estão em processo de registro. Eles estão espalhados por Brasília, Candangolândia, Brazlândia, Ceilândia, Gama e Cruzeiro. Todos os meses uma das associações é escolhida para receber os programas da secretaria, que envolvem passeios turísticos e culturais  e sessões gratuitas de cinema.

Exercícios

Os idosos do DF também podem praticar atividades  nos centros de convivência e centros olímpicos da cidade, de acordo com a disponibilidade dos locais.

Segundo a geriatra Maria Alice Toledo, pesquisas sobre a chamada “medicina preventiva” apontam que o exercício físico é a melhor opção para retardar o envelhecimento, pois ajuda a melhorar a oxigenação e previne as fraturas e atrofias. “As atividades físicas deixam o idoso mais independente”, completa a especialista. (LUANA LOPES – JORNAL DE BRASILIA)

 

Cientistas canadenses descobrem gene que pode retardar o aparecimento do Alzheimer

Variante genética poderia 'atrasar' em quatro anos o desenvolvimento da doença


Um estudo feito por cientistas canadenses publicado nesta terça-feira trouxe uma nova esperança para o combate ao mal de Alzheimer. Os pesquisadores identificaram um gene que pode retardar em, pelo menos, quatro anos o desenvolvimento da doença.

A pesquisa diz respeito a uma variante natural de um gene chamado "HMG CoA reductase", presente em 25% de americanos e canadenses, a qual diminui de forma considerável os riscos de sofrer Alzheimer. Segundo os cientistas, entre os indivíduos que possuem esta variante genética, os riscos de desenvolver a doença diminuem 50% nas mulheres e 30% nos homens.

Produzida pela Universidade McGill de Montreal e Instituto Universitário de Saúde Mental Douglas, a pesquisa foi coordenada pelo pesquisador Judes Poirier e publicada na revista "Molecular Psychiatric Journal". O gene em questão já é bastante conhecido entre cientistas que trabalham na área cardiovascular, em função de sua atividade na produção do colesterol.

Para os cientistas, as estatinas, inibidores químicos do funcionamento deste gene, causariam o mesmo efeito no mal de Alzheimer que a variedade natural do gene descoberto pelos cientistas do Instituto Douglas. Pesquisadores esperam que um medicamento que permita atrasar em cinco minutos o aparecimento da doença possa reduzir à metade o número de casos de Alzheimer em uma geração. (AGÊNCIA O GLOBO)

Tags: idoso, creche

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